O mundo a cada década tem mudado e os conceitos e comportamentos sociais modernos e pós-modernos de certa maneira têm moldado a mente dos grandes pensadores e formadores de opinião. Evidentemente que mudanças são inevitáveis e necessárias numa época como a nossa que vive em constante evolução, mas de certa forma preocupante, tendo em vista que nem sempre a modernidade significa evolução.
A igreja também caminha
nesse cenário e por sua vez sofre influências o que ate certo ponto é compreensivo,
todavia percorrendo esta estrada com bastante cuidado para não incorrer no
risco de se perder nesse mar complexo de modernidade. Como cristãos e aqueles
creem e pregam valores absolutos divinos estamos constantemente em rota de
colisão frente às novidades em voga na atualidade.
O evangelho é puro e
simples, mas poderoso e libertador; não perde a validade, pois é eterno em si
mesmo. Esse conceito conflita com a realidade brasileira e incomoda os verdadeiros
cristãos, pois se percebe que ultimamente ele tem se tornado utilitário em
muitas Igrejas e com isso, vem a banalização do seu poder. Ele se tornou apenas
um meio de se chegar ao poder ou aplacar as necessidades mais urgentes que
inquietam corações que na maioria das vezes procuram apenas resolver
necessidades mais urgentes; enfim, mudar suas realidades financeiras.
Segundo alguns dicionários o utilitarista tem por fim a utilidade, o proveito, ou seja, o que importa é se
o que se busca produz prazer e felicidade; não interessa como ou os meios pelo
qual se alcança e quem será prejudicado, contanto, que se alcance o fim, é tudo
diferente do que acabamos de falar é pura inutilidade segundo um filósofo
inglês chamado Jeremy Bentham juntamente com John Stuart Mill e James Mill,
que difundiram o utilitarismo.
Queridos, o evangelho não serve para fins
descartáveis, não é como uma roupa que se usa por um tempo e depois é descartada.
Não o vivemos por interesse, o evangelho é
nosso estilo de vida independentemente de nossa situação. Servimos ao Senhor
Jesus Cristo porque o amamos e não nos imaginamos viver sem Ele, e não porque o
evangelho possa nos proporcionar algum benefício. Fica uma palavra de
advertência áqueles que utilitarizam o evangelho: Você precisa nascer de novo e
experimentar o evangelho da graça do Senhor Jesus o Cristo.
Fernando Miranda ( Pastor da Igreja Comunidade
de Discípulos)